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domingo, 17 de outubro de 2010

A reforma

Ao ser comprado, no final de 2003, o Mootley sofria com falta de dono. O barco, apesar de guardado no seco, estava abandonado. Durante o ano de 2004 o barco foi completamente desmontado e remontado. Diversas partes foram substituídas ou reformadas. Entre as obras realizadas estão:
  • pintura do barco (com sistema da International)
  • eliminação de pontos podres do convés
  • instalação de anti-derrapante
  • reforma do motor, com substituição do alternador e reforma do motor de arranque
  • reforma das catracas
  • reformas dos stoppers (pela Nautos)
  • substituição dos acrílicos
  • reforma painel instrumentos
  • novo hélice de duas pás com perfil reduzido
  • substituição das mangueiras
  • instalação de filtros nos pontos de entrada de água
  • confecção de um paiol para ancora
  • instalação de um beliche de proa
  • reforma das velas
  • troca das adriças
  • substituição do comando do motor
  • instalação de uma mesa rebatível no interior do barco
  • confecção de uma nova carreta de encalhe
  • limpeza dos tanques de agua e diesel
  • substiuição dos reparos do vaso sanitário e das bombas da pia





Mootley a venda

O veleiro Mootley é um quarter ton construído pela Fibramar (RJ) em 1982. O estaleiro Fibramar era especializado em barcos de performance e diversos puro-sangue de regata brasileiros nasceram em suas instalações. A Fibramar foi uma das precursoras na utilização de materiais exóticos na construção de barcos no Brasil.

Os quarter ton variam entre 24 - 26 pés de acordo com a intepretação das regras da IOR pelo projetista. No caso do Mootley, o projetista foi o Maurillo Vinhas de Queiroz, que buscou otimizar a performance do veleiro Zim, um papa-medalhas no início da década de 1980. Posteriormente, o projeto da família do Mootley serviu de base para o Sirius 27, um barco com orientação mais cruzeirista produzido pelo estaleiro Golden Nautica.

O projeto do Maurillo deu origem a três barcos: o Longueiul  (que foi utlizado pelo Lars Grael) atual Ichtus - Santos SP, o Zim II (atual Pianinha, ex Taxi Driver) em Brasilia - DF, e o Mootley. O Mootley foi o último a ser fabricado e foi encomendado com um casco maciço de fibra de vidro sem o uso de klegecell. O barco foi construídos sob a filosofia de cruzeiro rápido, combinando um interior com amenidades de cruzeiro com uma mastreação de regata.

Por ter sempre mantido o nome, foi possível descobrir que o Mootley saiu do Rio, foi para a Paraíba, depois Natal e, finalmente, Brasilia.



Meus agradecimentos ao Ênio do Ichtus pelo material histórico dos Fibramar 26'.